Análise epidemiológica dos pacientes com diagnóstico de bloqueio de ramo direito atendidos no Serviço de Eletrocardiografia da Universidade do Estado do Pará / Epidemiologist analysis of the patients diagnosed with Right Bunddle Branch in the Service of Electrocardiography of UEPA

O bloqueio de ramo direito (BRD) é um distúrbio do sistema de condução do coração, que pode ou não estar associado a cardiopatias, e possui uma etiologia variada, sendo o distúrbio de condução mais freqüentemente associado à doença de Chagas. O objetivo é determinar uma análise epidemiológica dos pacientes diagnosticados com BRD no Serviço de Eletrocardiografia da UEPA, atendidos de janeiro de 2002 a julho de 2005. Em relação ao método, trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e transversal, realizado com base nos dados contidos nos prontuários de 192 pacientes atendidos no Serviço de Eletrocardiografia da UEPA, cujo diagnóstico foi bloqueio de ramo direito. Os resultados foram os seguintes: 53,65% (103) dos pacientes são do sexo feminino; concentram-se na faixa etária de 51-60 anos (18,4%), 61-70 (15,7%) e 0-10 (12,5%); não possuem histórico familiar de doenças cardiovasculares (50%). Dos fatores de risco associados a doenças cardiovasculares: 55% (106) não possuem dislipidemia e apenas 11% (21) possuíam diabetes mellitus. Nos prontuários, 40% (77) se declararam hipertensos. No que diz respeito aos hábitos, 14% indivíduos se declararam tabagistas, 40% se disseram estressados e 39% praticava algum tipo de atividade física regularmente. Pode-se concluir que os pacientes diagnosticados com BRD no Serviço de Eletrocardiografia da UEPA são na sua maioria do sexo feminino, idades entre 51 e 60 anos, seguidos daqueles com idade entre 61 e 70 anos, não possuindo histórico de fatores de risco ou hábitos que levem a acreditar em cardiopatias.

Proteção miocárdica pelo ramipril na hipertrofia ventricular esquerda: estudo experimental / Protective effect of ramipril on the left ventricle hypertrophy: experimental study

Introdução: A hipertrofia patológica do ventrículo esquerdo é um poderoso e independente fator de risco para complicações cardiovasculares, estando relacionada com aumento de duas a cinco vezes o risco de infarto do miocárdio, seis a dezessete vezes o risco de insuficiência cardíaca e três a dez vezes o risco de acidente vascular cerebral. Objetivo: avaliar em ratos se o ramipril na dose de 1mg/kg/dia apresenta efeito protetor sobre a hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE), induzida pelo isoproterenol (ISO), administrado por via subcutânea (0,3mg/kg/dia). Método: formados quatro grupos de ratos machos e adultos, com 14 exemplares em cada um, sendo o primeiro o grupo controle (CON), segundo o tratado com ramipril (RAM); o grupo seguinte com isoproterenol (ISO) e o último tratado com ambas as drogas (RAM + ISO). Aferidos: o peso úmido do ventrículo esquerdo (PUVE), peso seco do ventrículo esquerdo (PSVE), relação PSVE pelo peso do animal (PSVE/P) e o índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE). Retiradas amostras do ventrículo esquerdo dos animais para estudo morfológico pela microscopia de luz, e em três animais de cada grupo um fragmento foi processado para estudo ultra-estrutural. Resultados: em relação ao PSVE obtiveram-se os seguintes resultados: Grupo CON: 0,14486; Grupo RAM: 0,13771; Grupo ISO: 0,20400; Grupo RAM + ISO: 0,16000; com diferença significante entre o grupo ISO e os demais (p<0, 05). A análise do PSVE/P demonstrou o mesmo comportamento. Na avaliação microscópica de luz e eletrônica de transmissão, observou-se proteção da HVE no Grupo RAM+ISO, em relação ao grupo ISO Conclusões: as análises morfológica e ultra-estrutural demonstraram que isoproterenol induz hipertrofia dos cardiomiócitos e aumento do tecido conjuntivo, com acentuados depósitos de fibras colágenas No grupo RAM + ISO observou-se ação protetora em relação à hipertrofia muscular e a depósitos de colágeno O uso isolado de ramipril não provocou alterações no que diz respeito ao...

Repercussão da isquemia e reperfusão hepática no miocárdio de ratos / Myocardial consequences of hepatic ischemia and reperfusion in rats

Introdução: a lesão de isquemia-reperfusão hepática, além de causar uma disfunção local do órgão, pode comprometer outros locais à distância, como os pulmões e o aparelho cardiovascular: A injúria cardíaca pode ser avaliada através da dosagem sérica de certas enzimas como a creatinoquinase e troponina, dentre outras. Objetivo: verificar a repercussão da isquemia-reperfusão hepática, com e sem pré-condicionamento isquêmico, na produção de troponina miocárdica em ratos. Método: foram utilizados nove ratos da espécie Rattus norvegicus albinus, linhagem Wistar; distribuídos em três grupos, com três animais cada: Grupo Padrão (GP), Grupo Isquemia-reperfusão (GIR), no qual os animais foram submetidos à isquemia hepática total de 30 minutos, seguida de reperfusão, e Grupo Pré-condicionamento Isquêmico (GPCI), no qual os animais foram submetidos à isquemia prévia de 10 minutos, com reperfusão de cinco minutos, seguida de isquemia de 30 minutos, com posterior reperfusão. No primeiro dia pós-operatório, puncionou-se a veia cava inferior para coleta de sangue, a fim de dosar qualitativamente a troponina-T através do Teste Rápido Trop-T Sensitive(Roche)®, com posterior eutanásia. Resultados: 100por cento dos animais apresentaram teste negativo para troponina-T. Conclusão: de acordo com a metodologia aplicada, verificou-se que a isquemia-reperfusão hepática, com e sem pré-condicionamento isquêmico, não acarreta danos miocárdicos